
Terra que impede que elétrons ultra-energéticos atinjam o planeta. Esse
escudo fica no Cinturão de
Esse cinturão - formado por um cinturão interno (que fica entre 640 e
9,6 mil km acima da superfície terrestre) e outro externo (que fica
entre 13,5 mil e 57 mil km) - foi descoberto em 1958. Sabe-se que eles
são capazes de se expandir e de encolher e que se mantêm separados por
alguma força.
Quando observações mostraram que elétrons muito energéticos
mantinham-se sempre a uma certa distância da Terra, descobriu-se que a
borda interna do cinturão mais externo de Van Allen funciona como uma
fronteira que esses elétrons não conseguem penetrar em condições
normais.
Os pesquisadores acreditam que a chamada plasmasfera, uma nuvem gigante
de partículas carregadas que fica a cerca de mil km da superfície
terrestre, estendendo-se até o cinturão mais externo de Van Allen, pode
ser a responsável por esse escudo.
As partículas na borda externa da plasmasfera fazem com que as
partículas do cinturão externo se dispersem e passem a se movimentar
rapidamente ao redor do nosso planeta. Esse movimento é capaz de repelir
os elétrons mais energéticos que tentam se mover na direção da Terra.
Caso não fossem impedidos de chegar ao seu destino, esses elétrons
poderiam ser prejudiciais.
"Essa barreira para elétrons ultrarápidos é uma característica notável dos cinturões", disse Dan Baker, cientista da
do Colorado em Boulder. "Conseguimos estudá-la pela primeira vez porque
nunca tivemos medidas tão precisas desses elétrons de alta energia."
A descoberta foi publicada na edição desta quinta-feira (27) da revista "Nature".